terça-feira, 22 de junho de 2010

Anjo de Artémis

Anjo que ascende, calma, do leito de Ártemis
Me deixe sonhar, no acalento de teu abrigo
Perfeito me acende, com ‘alma, o frio não temes
Posso sussurrar, ao vento aromal que trazes consigo?

De vasta ternura, o mar de um amar tão profundo perfaz
A raiz dos sentires, que florescem por dentro esse fascínio
Esplendida e rara, a forma sem forma ao meu mundo se traz
Reflexo de Eros, linhas que tecem o córdis com domínio

Ó, caminhante das estrelas, magnetiza-me como ímã ao ferro
Sete eternidades inteiras seriam finitas para te proclamar
E citar a grandeza da volição insaciável de ter-te muito além do te ter

Aqui, ante asas tão belas, recuso nomear tal ânsia como erro
Faz-se realidade sonheira, Elysiun sólido de suspirar
Não há tristeza ou aflição, Serafim de Ártemis, anjo do bem de meu ser












Sário Ferreira - 12/06/2009

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