Face para amar
Face a familiar
Face pra amigar
Face a sabiar
Face engana a dor e
Outra Face endoura a trama.
E há no leito da mestra cama
uma Face para o sono,
que faz-se aface, neutra em sonhos
da máscara além da incrua pele.
Face ciente do não ser,
ímpar da consciente superfície.
Vai-te, mente, pro nascer
do mar dormente infictício
Afronta-se a fronte
que é não sendo
e, sob acalento,
desfaz-se.
Sário Ferreira - 05/10/2012
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