Que seja mais, apesar de me subtrair os anos
Que seja jovem, apesar do próximo fazê-lo velho
Que seja amável, apesar dos prováveis pesares
Que seja afável, apesar dos incertos ares
Que seja zen, apesar de inverter o que eu espelho
Que seja paz, apesar de trair-me os planos
Que seja, que seja, quer seja...
Veja, seja como seja, seja
Os apesares pesam, mas não estragam a balança
E se a nota é boa ou ruim, tua música faz nossa dança,
Na qual passo o passo a passo dos anos velhos,
Tropeçando nos pesares de ares que fogem ao espelho (inperfeito),
Isentos de reflexos e reflexões, repentes fora dos planos.
Ora lentos, conexos, flexões pendentes que rasgo nos panos.
Então que seja novo, novamente
E que novamente seja nova,
Até que as cinzas sombrias do novo novo
Ponham-lhe a virgem cronicidade à prova.
Sário Ferreira - 16/01/2011