tag:blogger.com,1999:blog-30488262762089054132024-03-13T10:38:32.492-03:00Sagrarius Literatus"Sagradas são as palavras do homem, ainda que proferidas para materializar um dizer profano, pois, em ambos fios da lâmina, elas encarnam o milagre que nos distingue do restante da natureza... Meros escravos da inteligência."Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.comBlogger35125tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-17212231168522679262014-10-21T21:50:00.002-02:002014-10-22T08:40:07.725-02:00Um Certo Diálogo– Estou aqui.<br />
– Não, não está.<br />
– Mas estou e você me nega.<br />
– ...<br />
– E negar que eu existo é aceitar que eu existo.<br />
– Não posso te ter, pois isso é recusar muito que eu quero.<br />
– Você não sempre me tem, apesar de eu estar em seus medos, porém, é inevitável que às vezes sim, estou contigo mais do que deseja, reconheça ou não.<br />
– Mas se eu aceito você...<br />
– Você me tem também, sim. Logo, me aceitar ou me negar, é me assumir.<br />
– Certo, reconheço. Mas como faço para que aqueles que te verem comigo também reconheçam?<br />
– Precisa? Eu também estou com eles, tanto quanto contigo.<br />
– E por que não vejo você com eles?<br />
– Porque eles também me negam, e por isso estou com eles, tanto quanto contigo.<br />
– Você me julga mau por não fazer o que todos não fazem... isso é errado.<br />
– Não sou. Você quem me tem.<br />
– Eu não quero você!<br />
– Não faz diferença.<br />
– Não posso mesmo escolher?<br />
– Você escolheu viver?<br />
– Não, mas continuo a viver porque quero.<br />
– Assim, você continua comigo porque quer.<br />
– Querendo ou não, acabo te tendo.<br />
– Vivendo.<br />
<br />
– Maldito! Eu te aceito! Você está aqui comigo! E agora, o que eu faço?<br />
– Bem, tenho que ir embora... nos vemos por aí. Abraço.<br />
<br />
Ele ficou ali, incerto de entender o que nunca iria.<br />
E seguiu seu rumo também, errante em seu caminho humano demais.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Qiq15FzO-Dw/VEbwn5An2SI/AAAAAAAAAjE/bIy3ccyNYL4/s1600/Puzzles.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-Qiq15FzO-Dw/VEbwn5An2SI/AAAAAAAAAjE/bIy3ccyNYL4/s1600/Puzzles.jpg" height="317" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-49870747766218732262014-01-10T11:54:00.001-02:002014-01-10T11:54:50.712-02:00ManiqueísmoO mal mal percebeu um dia que não era mau <div>
até bem saber que seu amigo bem </div>
<div>
bem estava equivocado que só era bom: </div>
<div>
mal discutiu mal o assunto mau com o bem, </div>
<div>
e, por conta de um conflito mal resolvido, </div>
<div>
ficaram bem maus os dois. <div>
<br /></div>
<div>
O mal bem acreditava que não era mau, </div>
<div>
mas o bem mal cria na acusação de que não era bom. </div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
O bem pensou: como posso ser mau assim sendo tão bom? </div>
<div>
Mau é o mal por me achar mau.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
O mal pensou: como o bem pode ser só bom se não aceita que é mau? </div>
<div>
Bom sou eu que me sei mau, sem ser mau em contradizer o bem mau.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Não mais se falaram:</div>
<div>
O bem mau com a dúvida,</div>
<div>
O mal bom com a certeza.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
E nunca se acordaram.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Sario Ferreira - 10/01/2014</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Ol_NMbFumvw/Us_7a94qSUI/AAAAAAAAAPE/B-CJi4PPmdA/s1600/dualidade.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-Ol_NMbFumvw/Us_7a94qSUI/AAAAAAAAAPE/B-CJi4PPmdA/s1600/dualidade.jpg" height="220" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-40284018076785539212013-10-25T00:46:00.001-02:002013-10-25T00:55:50.131-02:00MeiosExausto e sozinho, ele olhou para o pico da montanha, então para o sopé...<br />
Pensou alto e falou baixo:<br />
<br />
"No fim, qual princípio determina o que é o começo e o final?"<br />
<br />
"O meio." Respondeu-lhe.<br />
<br />
Olhou e viu uma pedra.<br />
<br />
Mal tinha percebido ele,<br />
Com retinas que um dia se fatigariam,<br />
<br />
Que no meio do caminho<br />
Tinha uma pedra.<br />
<br />
Quando, na verdade, ele,<br />
no meio da pedra,<br />
buscava um caminho.<br />
<br />
Sário Ferreira - 25/10/2013<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-rM0eiOeNkx8/UmnbToJknGI/AAAAAAAAANw/kjQDSTvqxdI/s1600/Meio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-rM0eiOeNkx8/UmnbToJknGI/AAAAAAAAANw/kjQDSTvqxdI/s320/Meio.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 15.454545021057129px;"><br /></span>Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-18541782610378897412012-11-05T14:30:00.001-02:002014-10-26T11:37:23.056-02:00ParalesiaAli, milimétrica,<br />
moderou-nos a distância.<br />
Eu queria e ela também,<br />
mas um par de extremidades<br />
afastava pescoços;<br />
a ponte em régua<br />
que nos media a resistência<br />
acalentava a vileza frustrada<br />
que nos conectava,<br />
que nos separava.<br />
<br />
A régua da mágoa,<br />
a Regra sobr'água<br />
de lágrimas que não caíram,<br />
que não cairão,<br />
mas que cairiam<br />
se fossem as medidas<br />
distintas, em outro universo<br />
matemático de probabilidades em verso.<br />
<br />
Irônico é que a régua que me regra,<br />
aqui, entre devaneios caotizados,<br />
segue a minha régua sem regras.<br />
E cá estou eu, entre ti e seus números:<br />
eis minha vingança,<br />
inofensiva<br />
e incalculada.<br />
<br />
Sario Ferreira - 05/11/2012<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-ahI_1LY15_E/VEz48idoIRI/AAAAAAAAAjg/0vmGuUFRnIY/s1600/Paralesia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-ahI_1LY15_E/VEz48idoIRI/AAAAAAAAAjg/0vmGuUFRnIY/s1600/Paralesia.jpg" height="195" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-3247120415494331282012-10-22T14:08:00.001-02:002014-01-09T09:29:37.315-02:00Santa Natureza HumanaQuem dera eu, se eu não morresse em redundância<br />
pra renascer no segundo seguinte,<br />
até o fim de minha vida.<br />
Presos em nossas essências, somos vários em só um,<br />
fadados às paixões contra alvos inabsolutos e inconstantes:<br />
Ser(es) Humano(s)!<br />
<br />
Ser(d)es além de humano(s); Ser(d)es Efêmero(s); Ser(d)es Passageiro(s).<br />
– Um rio não banha o mesmo homem duas vezes<br />
(Assim disse um anjo amigo).<br />
O que é junto, se separa<br />
e mesmo o que é junto a ponto de ser santo<br />
fende-se, porque o ser santo é ser separado (mas junto).<br />
<br />
Mas não é o fim,<br />
é só uma transição<br />
de um junto a outro,<br />
sem ressentimentos reticentes ou traição,<br />
porque tudo junto é separado<br />
e separado é tudo junto<br />
(segundo a sábia anedota).<br />
<br />
É no dividir que realizamos a verdadeira noção do inteiro<br />
que fomos, somos e seremos:<br />
Sejam nas lembranças passadas,<br />
presentes (preciosos!)<br />
ou futuras... <br />
<br />
Sário Ferreira - 22/10/2012<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-bG3ovg0MUmI/UIVvWaf1M4I/AAAAAAAAAL4/J2Vu6c1dSDQ/s1600/corrente_amizade.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-bG3ovg0MUmI/UIVvWaf1M4I/AAAAAAAAAL4/J2Vu6c1dSDQ/s200/corrente_amizade.jpg" height="197" width="200" /></a></div>
<br />Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-39205983382464734802012-10-05T12:06:00.000-03:002012-10-22T14:15:58.717-02:00DisfarcesFace para amar<br />
Face a familiar<br />
Face pra amigar<br />
Face a sabiar<br />
Face engana a dor e<br />
Outra Face endoura a trama.<br />
<br />
E há no leito da mestra cama<br />
uma Face para o sono,<br />
que faz-se aface, neutra em sonhos<br />
da máscara além da incrua pele.<br />
<br />
Face ciente do não ser,<br />
ímpar da consciente superfície.<br />
<br />
Vai-te, mente, pro nascer<br />
do mar dormente infictício<br />
<br />
Afronta-se a fronte<br />
que é não sendo<br />
e, sob acalento,<br />
desfaz-se.<br />
<br />
Sário Ferreira - 05/10/2012 <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-D0Zw58f4u6E/UG72wfk9v4I/AAAAAAAAALk/R6-falzCeKs/s1600/Surreal-Faces-1887774.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-D0Zw58f4u6E/UG72wfk9v4I/AAAAAAAAALk/R6-falzCeKs/s320/Surreal-Faces-1887774.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-64590479637789341012012-09-05T14:58:00.000-03:002012-09-24T16:02:02.499-03:00Inconstâncias de um VirtualistaMarco as dores<br />
Programadas permanente(mente)<br />
Num local sem opções.<br />
<br />
Post(e)s sem luz<br />
Agem destitulados<br />
Na pública individualidade<br />
De dedos incoerentes,<br />
À salvo da culpa (e até pela [por ela]),<br />
Manipulados, não pela mão,<br />
Mas pelo Mestre Invisualizável:<br />
que vive no fechado,<br />
isolado e responsável.<br />
<br />
Conheça estes primos: <br />
O Escreve e o Escravo...<br />
Homem - Tempo - Mundo - Leem.<br />
<br />
No fim, figuram-se ações,<br />
Às luzes ausentes<br />
Dos mesmos Post(e)s<br />
Ativos, Atores,<br />
Altivos, Autores,<br />
Tão vivos, tão flores,<br />
Tão servos, tão dores. <br />
<br />
Sário Ferreira - 05/09/2012<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-P3Xx7H2pZ8A/UEeSW5Q2W0I/AAAAAAAAALQ/8bWuCdeOke4/s1600/Post.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-P3Xx7H2pZ8A/UEeSW5Q2W0I/AAAAAAAAALQ/8bWuCdeOke4/s320/Post.jpg" width="226" /></a></div>
<br />
<br />
<br />Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-33331852641276819342012-07-16T12:59:00.000-03:002012-07-16T13:07:01.307-03:00Sintai e AssintaiUm profeta, vulgo Aurículus, me diz:<br />
Carro, fungo, folha, tosse, passos, sussurros, alarme, risco.<br />
<br />
Um outro, muito visionário, me fala:<br />
Carteiras, quadro, folha, identidade, caneta, borracha, lapiseira, chão, teto e porta.<br />
<br />
Um terceiro, em mal estado, tenta me sussurrar:<br />
Congestionamento, ar e mais nada.<br />
<br />
Um quarto, meio faminto e acidentado há pouco, me pontua:<br />
Sangue de um corte no céu e saliva.<br />
<br />
Um quinto, vestido de peles, me proclama, inquieto:<br />
Testa, lapiseira, aliança, roupas, carteira, papel, chão e brisa.<br />
<br />
E um último profeta, vítima e vitimador de todos os outros cinco, me grita:<br />
Ansiedade, saudade, sonhos, tédio, falta de criatividade, vontade de levantar e incômodo.<br />
<br />
Em uníssono, dizem os profetas (os meus, pelo menos) que viver é isso:<br />
navegar num mar de nomes sentidos, transitáveis e pluriformes,<br />
e tecê-los um único que se traduz no milésimo de um momento,<br />
multipla e redundantemente, até o deitar sem sentido da mente.<br />
<br />
Endoida-te, Ser Humano, pois é teu direito por sentir tanto.<br />
<br />
Sinto muito...<br />
<br />
Sário Ferreira - 15/07/2012<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-oPY5L7z9NLQ/UAQ1Kq6XYgI/AAAAAAAAAKE/AaLjQzzjsFI/s1600/ABSTRATO_ALIMENTO_DA_MINHA_ALMA_-_ZENN_BELL.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="311" src="http://1.bp.blogspot.com/-oPY5L7z9NLQ/UAQ1Kq6XYgI/AAAAAAAAAKE/AaLjQzzjsFI/s320/ABSTRATO_ALIMENTO_DA_MINHA_ALMA_-_ZENN_BELL.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-80175334587316292282012-07-09T16:29:00.000-03:002012-07-16T12:17:09.080-03:00Reminiscências d'um CaminhoLá estava:<br />
fria,<br />
cinza,<br />
não vazia<br />
e lisa,<br />
Imponente<br />
ao impotente.<br />
<br />
Lá via:<br />
medo,<br />
volta,<br />
desafiante e<br />
morta.<br />
Pra uns, afronta,<br />
pra outros, porta.<br />
<br />
Lá fez:<br />
chorarem,<br />
praguejarem,<br />
agirem,<br />
pensarem,<br />
lembrarem,<br />
descansarem,<br />
voltarem,<br />
contarem<br />
sobre outros arem,<br />
outros irem<br />
e outros que irão.<br />
<br />
Lá ficou:<br />
Atrás,<br />
parada,<br />
e na frente,<br />
ali nonada,<br />
no início do meio<br />
dos sonhos inteiros;<br />
no fim do inteiro<br />
dos sonhos meieiros;<br />
no meio do fim<br />
dos sonhos primeiros.<br />
<br />
Lá estava, via e fazia:<br />
tudo isso sem força, <br />
ficando,<br />
servil ao caminho<br />
sem mão,<br />
regendo o destino<br />
da direção,<br />
enquanto morta, fascina,<br />
ou enquanto morta, fatiga<br />
tantas outras retinas. <br />
<br />
Sário Ferreira - 09/07/2012<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-g5dwjsA0aL0/T_wbzcQ6lUI/AAAAAAAAAJ4/fghAtDu2PSw/s1600/Sarolta+B%C3%A1n+-+Pedr%C3%A1rvores.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-g5dwjsA0aL0/T_wbzcQ6lUI/AAAAAAAAAJ4/fghAtDu2PSw/s320/Sarolta+B%C3%A1n+-+Pedr%C3%A1rvores.jpg" width="320" /></a></div>Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-90022037753075854752012-05-25T11:29:00.002-03:002012-05-30T13:40:34.922-03:00A vida é vela<div>
A vida é uma vela.
</div>
<div>
<br /></div>
É no olho do velho que vi<br />
<div>
<div>
que viver é morrer.</div>
<div>
Ter pressa pra quê?</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Aproveitar a vida nos faz </div>
<div>
desperceber o giro atroz da seta,</div>
<div>
que pára (pra nós), no bater do último sino.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Por isso, sou mais chegado ao Spencer que ao Horácio.</div>
<div>
Esse frenesi de querer matar o tempo...</div>
<div>
Aproveitar a vida é fazê-la mais curta.</div>
<div>
No tédio jaz a chave de uma vida rendida, apesar de também morrida.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
A escolha do ser humano:</div>
<div>
Gozar, saciar as vãs e vis vontades da vida e encurtá-la</div>
<div>
ou alimentar-se da monotonia pra sentir cada passo dado, sem curti-la (ou seja, alonga-la). </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Em ambas as escolhas, a certa verdade:</div>
<div>
Viver é morrer (Thanks James),</div>
<div>
A sina de todos nós, cadáveres adiados (Grato Fernando).</div>
<div>
Todo dia, por mais que você vive, você está morrendo.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Então, se não teme, (en)curta a vida...</div>
<div>
Mas lembre-se:</div>
<div>
Matar o tempo é matar a nós mesmos e,</div>
<div>
no fim, o Carpe Diem não passa de um insano suicídio...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Sário Ferreira - 25/05/2012</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-EBNsU1aCFSg/T7-UdBWQWdI/AAAAAAAAAJM/eMU0oCWBi-c/s1600/caspar-david-friedrich.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-EBNsU1aCFSg/T7-UdBWQWdI/AAAAAAAAAJM/eMU0oCWBi-c/s320/caspar-david-friedrich.jpg" width="249" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><i>Carpe Diem</i></span><span style="font-size: x-small;">, de</span><span style="font-size: x-small;"> Caspar David Friedrich</span></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/2WdYt9VkVek?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><i> To live is to die</i> - Metallica</span></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</div>Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-49024576023222844932012-05-21T16:12:00.000-03:002012-05-22T00:12:35.736-03:00Dieu Prière (um Triste)<i>Sade dit-moi</i><br />
Um homem traça<br />
rumo à desgraça, <br />
devora as páginas<br />
do tomo que é dono<br />
Farta-se do próprio destino<br />
que o abdica ao soar do sino<br />
Sádico, dirá?<br />
<br />
<i>Qu'est-ce que tu vas chercher?</i><br />
Desejas é o desejo<br />
Vossa sina atormentada<br />
de querer ver o que vejo:<br />
pouco, muito, tudo e nada<br />
Avante à estrela incoerente<br />
qual fome em luz que irá arder-te<br />
<br />
<i>Le bien par le mal</i><br />
Maniqueística clemência<br />
cuja cesta recolhe olhos,<br />
secos, chaves em demência,<br />
confusão de dor em molhos:<br />
neles provem o sal <br />
<br />
<i>La vertu par le vice</i><br />
Pecaminosos passos certos<br />
do conflito, o avesso sacro<br />
no perverso pur(o)umano ethos<br />
E tu falta como se risse<br />
<br />
<i>Sade dit-moi pourquoi l'evangile du mal?</i><br />
Bastasse o graal violado de Eva<br />
pelo réptil e fogo suor da treva<br />
Sabe-se: conheça-te a astucia pra ser banal<br />
<br />
<i>Quelle est ta religion où sont tes fidèles?</i><br />
Qual oração chagada estupra a razão<br />
e regenera a lepra de existir: o tão reles? <br />
<br />
<i>Si tu es contre Dieu, tu es contre l'homme</i><br />
Encontra-se o eu para ser contra si!<br />
<br />
<i>Sad</i>(ico)<i>e es-t</i>(ou)<i>u </i>(em ti)<i> diaboli</i>(co)<i>que </i>(e)<i>ou</i><i> divin</i>(o)<i>?</i>(!)<br />
<br />
Sário Ferreira - 21/05/2012<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/4F9DxYhqmKw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Sadeness - Enigma </div>
<br />Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-18150092414018603732012-04-29T11:31:00.000-03:002014-07-31T12:03:21.818-03:00Sonnet Unlistened: UnsoundSo far, so close<br />
a question flows<br />
inside a head<br />
with silence doubt.<br />
<br />
World goes ahead<br />
through furious red,<br />
spreading fault,<br />
cruelty in shine.<br />
<br />
The fate is a crime,<br />
strong fragile rose:<br />
a blood burst o'rhyme.<br />
<br />
So distant in close,<br />
we keep on being led.<br />
Mute quest made of noise.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-fqITHjjBJbc/T51QhQDSFmI/AAAAAAAAAGg/IQChEY5jCkI/s1600/Unsound.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-fqITHjjBJbc/T51QhQDSFmI/AAAAAAAAAGg/IQChEY5jCkI/s200/Unsound.jpg" height="150" width="200" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Sário Ferreira - 29/04/2012Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-64614816172835045732012-04-29T11:00:00.000-03:002012-05-10T08:49:27.019-03:00Ciclo Nasce euq <br />
é<br />
e o t<br />
s a<br />
rerrom Homem<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-X84AhOP3Wko/T51LWYsfahI/AAAAAAAAAGU/84LLMhTI91w/s1600/Ciclo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://1.bp.blogspot.com/-X84AhOP3Wko/T51LWYsfahI/AAAAAAAAAGU/84LLMhTI91w/s200/Ciclo.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Sário Ferreira - 28/04/2012Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-62025206412081635642012-03-09T02:40:00.001-03:002012-05-10T08:43:17.414-03:00DescartávelInsisto, logo existo.<br />
<div>
Existo logo nisto.</div>
<div>
Nisto logo inexistirei.</div>
<div>
Hei!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
(Se é) Logo, logo invisto.</div>
<div>
Invisto logo nisso.</div>
<div>
Nesse logo que não sei.</div>
<div>
Ei...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Não sei, logo saberei.</div>
<div>
Saberei logo... logo, não! Cruzes!</div>
<div>
Cruzes a ti mesmo, logo ou não, e há de ser</div>
<div>
Rei.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Nada, nada,</div>
<div>
Nada sei</div>
<div>
De cruzes e logos e seres e rei.</div>
<div>
Nada deriva do peso dispenso</div>
<div>
Que faz-me existir de tanto que penso.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Sário Ferreira - 09/03/2012</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-QD9ngX8LabE/T1mXoQQT4uI/AAAAAAAAAGM/kZ4jGOo9IeA/s1600/Descart%C3%A1vel.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-QD9ngX8LabE/T1mXoQQT4uI/AAAAAAAAAGM/kZ4jGOo9IeA/s320/Descart%C3%A1vel.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-52887676601108123222012-03-07T02:01:00.001-03:002012-05-10T10:25:19.269-03:00Zonódia<div>
João Pestana, acalenta-te a ti próprio e para de incomodar.</div>
<div>
Melhor, dorme João e deixa o Pestana ficar,</div>
<div>
Com ele e mais seis, cantaremos a ode ao teu fracasso,</div>
<div>
No ezcuro, claro, e até o claro vazar em furo</div>
<div>
por nuvenz insones, quem você não alcança</div>
<div>
E aszim, ainda que insizta no zeu zadizmo,</div>
<div>
zimulando difuntoz e cadáverez, vamoz cantar, zerenatar</div>
<div>
Zem zezzar, zempre zaindo do zeu dezejo de realizar</div>
<div>
a inconzzienzia doz dezpertadoz dezezperadoz.</div>
<div>
Inzano, ezorzizar-me doz todoz meuz</div>
<div>
Zonhoz de dezdezpertar-me</div>
<div>
Zono, ze zuma no zom!</div>
<div>
Z..zim? Zzzai! Zai...</div>
<div>
Zzzou... zzzeu.</div>
<div>
Zzzzzzz.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Sário Ferreira - 07/03/2012</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-MILmXIHekZk/T1breor1qoI/AAAAAAAAAGE/GxC_RsQcbRY/s1600/Sono+Poema.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="http://4.bp.blogspot.com/-MILmXIHekZk/T1breor1qoI/AAAAAAAAAGE/GxC_RsQcbRY/s320/Sono+Poema.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-64003085205654289162012-02-16T15:32:00.001-02:002012-05-10T08:45:47.293-03:00PenalÉ uma pena.<br />
É uma pena que não escreve.<br />
É uma pena que não escreve nem sobre pena.<br />
É uma pena que não escreve nem sobre pena, porque não vale a pena.<br />
<br />
Que pena.<br />
<br />
Que pena? Tem pena?<br />
<br />
Então se pena não há, como a pena escreve sobre uma apena que não está lá?<br />
Apesar da apena, a pena dá conta - ela escreve sobre tantos outros a's...<br />
Porém, o grande problema é que nem essa pena há.<br />
Não há pena alguma.<br />
Ninguem sente a pena.<br />
<br />
Apenas,<br />
não há penas.<br />
<br />
<br />
Sário Ferreira - 16/02/2012. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-fFtdp6rc-90/Tz09HUJbq1I/AAAAAAAAAF8/CN-E2gdDysI/s1600/Pena.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-fFtdp6rc-90/Tz09HUJbq1I/AAAAAAAAAF8/CN-E2gdDysI/s200/Pena.jpg" width="150" /></a></div>
<br />Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-34993023507639953742012-01-16T12:05:00.001-02:002012-05-10T10:24:59.473-03:00Ao novo ano novoQue seja mais, apesar de me subtrair os anos <br />
Que seja jovem, apesar do próximo fazê-lo velho<br />
Que seja amável, apesar dos prováveis pesares<br />
Que seja afável, apesar dos incertos ares <br />
Que seja zen, apesar de inverter o que eu espelho<br />
Que seja paz, apesar de trair-me os planos<br />
<br />
Que seja, que seja, quer seja...<br />
Veja, seja como seja, seja<br />
Os apesares pesam, mas não estragam a balança<br />
E se a nota é boa ou ruim, tua música faz nossa dança,<br />
Na qual passo o passo a passo dos anos velhos,<br />
Tropeçando nos pesares de ares que fogem ao espelho (inperfeito),<br />
Isentos de reflexos e reflexões, repentes fora dos planos.<br />
Ora lentos, conexos, flexões pendentes que rasgo nos panos.<br />
<br />
Então que seja novo, novamente<br />
E que novamente seja nova,<br />
Até que as cinzas sombrias do novo novo<br />
Ponham-lhe a virgem cronicidade à prova.<br />
<br />
Sário Ferreira - 16/01/2011<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-zpsEIOLObBU/TxQujDTCLAI/AAAAAAAAAF0/ahgBCzrXFX0/s1600/Novo+ano.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-zpsEIOLObBU/TxQujDTCLAI/AAAAAAAAAF0/ahgBCzrXFX0/s320/Novo+ano.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-51153148913994984062011-12-26T00:55:00.001-02:002012-05-10T08:47:21.974-03:00Ideia N V M Pensa...<br />
U E<br />
<i> R</i><br />
<i> e</i><br />
<i> L</i><br />
<i> â</i><br />
<i> M Então, claro...</i><br />
<i> P</i><br />
<i> a g</i><br />
<i> o !</i><br />
<i> ! !</i><br />
<i> !</i><br />
<i> !</i><br />
<b>CCCCCCHHHHHHÃÃÃÃÃÃOOOOOO Se Enterra.</b><br />
<br />
<b>sóterrado está, pouco importa o será...</b><br />
<b> </b><br />
<u>e o t vira fóssil</u><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-4HIQyKQLAGA/TvfhoMy4RYI/AAAAAAAAAE8/PdNHL1FirN8/s1600/Poema+ideia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-4HIQyKQLAGA/TvfhoMy4RYI/AAAAAAAAAE8/PdNHL1FirN8/s320/Poema+ideia.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Sário FerreiraSario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-10972843164002578112011-12-20T22:58:00.000-02:002012-05-10T10:25:45.899-03:00Palavrão p(ur)or ExtensoPuritaneidadoclemêncibilismografilissimamente assim... sujo o cujo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-XHF7QjnebDQ/TvEuqEEDwEI/AAAAAAAAAEw/poPybw43QPU/s1600/Boca+poema.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-XHF7QjnebDQ/TvEuqEEDwEI/AAAAAAAAAEw/poPybw43QPU/s1600/Boca+poema.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
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<br />
<br />
<br />
<br />
Sário FerreiraSario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-29023242168469907612011-11-16T11:59:00.001-02:002012-05-10T08:50:20.745-03:00DivagançaDava vaga devagar: divaguei do vago d'uva à agarrar<br />
<br />
InVerso<br />
<br />
rarraga á avu'd ogav od ieugavid :ragaved agav avaD<br />
<br />
DiVerso<br />
<br />
De ver dever: dever do ver deveras erguer.<br />
<br />
Mundo - Poesia:<br />
Inversos espelhos idênticos de dejavús em ecos,<br />
alheios<br />
e aleatórios.<br />
<br />
Alheiatórios no fio das Parcas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-WNJEsJhys9Q/TsPB9tdkeeI/AAAAAAAAAEo/1Klr0M71C9U/s1600/Parcas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-WNJEsJhys9Q/TsPB9tdkeeI/AAAAAAAAAEo/1Klr0M71C9U/s1600/Parcas.jpg" /></a></div>Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-24877233760894841252011-10-24T12:02:00.002-02:002012-05-10T08:51:35.928-03:00Um caso de acasoPor algum acaso,<br />
Caso alguém faça-me pouco caso<br />
Por causa do bem dito acaso,<br />
Com quem caso e recaso,<br />
Vejo isso como um duro caso.<br />
<br />
Palavras, por acaso, já são difíceis, ainda que casuais.<br />
Poemas, então, palavras que formam casas tortas de causas,<br />
às vezes incasuais demais, casam-se com a dificuldade de sair<br />
Dessas cabeças, corações e mãos - Não sais, sais, não sais!<br />
<br />
É tudo um caso de casamentos de acasos,<br />
No qual o padre é um poeta, desbatinado e descasado,<br />
Casando causos e casos em uma casa sem causas.<br />
<br />
Por acaso e por que causa?<br />
<br />
Disso eu não sei, cansei...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-SIDYAbiBe6E/TqVw2fO_rZI/AAAAAAAAAEY/pnGB9c3zX3M/s1600/Dado+Acaso.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="http://3.bp.blogspot.com/-SIDYAbiBe6E/TqVw2fO_rZI/AAAAAAAAAEY/pnGB9c3zX3M/s200/Dado+Acaso.jpg" width="200" /></a></div>Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-21573419258443141022011-07-31T11:02:00.000-03:002012-05-10T08:52:34.429-03:00EspinhosMinhas condolências por mim mesmo<br />
Que viajando e buscando a esmo<br />
O fim da poesia <br />
A meada da nostalgia<br />
<br />
Retraço a trilha aporosa<br />
Reunindo estilhaços de rosa<br />
Tal qual Drummond Mestre previa<br />
<br />
Amante, odiante, diferente e indiferente<br />
Fez-me um dia o(s) dilema(s), amorosa<br />
De senhor e escravo de poemas<br />
<br />
E ainda assim, eu amo rosas<br />
<br />
Sário Ferreira - 31/07/2011<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-H2PmKnvE1lk/TjVgVFKPQHI/AAAAAAAAAD4/0eXcH9Q9lAM/s1600/Espinhos%2B-%2BPoema%2BEspinhos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://3.bp.blogspot.com/-H2PmKnvE1lk/TjVgVFKPQHI/AAAAAAAAAD4/0eXcH9Q9lAM/s320/Espinhos%2B-%2BPoema%2BEspinhos.jpg" width="320" /></a></div>Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-61581263940650336292011-03-13T21:50:00.001-03:002012-05-10T08:56:27.458-03:00LemniscataAs trevas do desespero à beira do precipício podem ser belas. Definitivamente há males que vem para um bem que você jamais imaginou...<br />
Assinado por Alguém enfim curado.<br />
<br />
LEMNISCATA<br />
<br />
Penso, tenso e intenso<br />
Qual o próximo passo<br />
Traçar ou não o que faço<br />
Meu sonho era ter a cordis de aço<br />
Fria, reluzente, à prova dos estilhaços<br />
Dos meus anseios, caprichos insatisfeitos<br />
Promessas e feitos não feitos<br />
Influências em meus defeitos perfeitos<br />
Oriundas da voz dos tempos e de Dias<br />
Uma esperança, hoje morta e tardia...<br />
<br />
Na ânsia de encontrar em mim um caminho<br />
Que não leve, me leve ao caótico eu, perdido e sozinho<br />
Não me conheço, não me dou preço e sinto sem ver<br />
A treva da escolha que me arranca o sono e precede o abandono<br />
<br />
Começar, rumar, acabar<br />
Eis o destino, o fim absoluto <br />
Que és de toda paixão vil fruto<br />
Por força da vida ou sorte da morte<br />
<br />
Eterna afronta de mim versus mim<br />
Incerteza venenosa, circular, sem início e fim<br />
Só há a garantia do ser<br />
Se ela é, eu sou: somos!<br />
A contradição encarnada de sentimentos extremos<br />
Vã vítima perpétua dos meus próprios venenos<br />
<br />
Sário Ferreira - 02/03/2011<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-zmC1O97PW58/TqoTf69F8CI/AAAAAAAAAEg/CLE6uyQEqPw/s1600/Lemniscata.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="http://4.bp.blogspot.com/-zmC1O97PW58/TqoTf69F8CI/AAAAAAAAAEg/CLE6uyQEqPw/s320/Lemniscata.jpg" width="320" /></a></div>Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-47918001171145166862011-01-25T21:42:00.000-02:002012-05-10T10:26:13.914-03:00DesesperodoadoChegou a crise!<br />
Que faço eu?!<br />
Que faço?!<br />
Cadê o eu?<br />
Morreu?<br />
Desceu?<br />
Eu!<br />
<br />
Não corre! Não morre!<br />
Não esquece que esqueci!<br />
Me lembra que eu estou aqui!<br />
No leito da tarada batalha, está o proletário que sumiu com ti!<br />
Amigo meu que rima com o mel pior, me disse uma vez que o dinheiro é cruel!<br />
Então me diz cadê você que sou o eu, o ti em mim que tu me deu! No céu?!<br />
<br />
Conjecturo o travado fim, longe e perdido do meu mais e maior mim!<br />
Há solução, entre soluços em que não sou são?<br />
Tudo me empurra pra frente, responsabilidades das idades, densa sina, surda buzina!<br />
E a mente, a gente, afronte a frente até o finalmente!<br />
<br />
O finalmente!<br />
<br />
O final mente...<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-kyJXR2pMDmE/T6ut--PJLAI/AAAAAAAAAGs/6_Q8vh9G12s/s1600/Poema+-+Desesperodoado.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="228" src="http://3.bp.blogspot.com/-kyJXR2pMDmE/T6ut--PJLAI/AAAAAAAAAGs/6_Q8vh9G12s/s320/Poema+-+Desesperodoado.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Sario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3048826276208905413.post-80602704367234426972010-11-21T23:37:00.000-02:002012-05-10T09:09:27.170-03:00DesertórioDepois de um longo inverno, cá estou eu de novo, (re)tentando blogar algumas poesias e (ou) pretensas destas. Outro dia, já fazem meses, estava eu no trabalho, aprisionado no costumeiro escritório em que passo a parte mais densa de meus dias e semanas, quando, no meio das atividades rotineiras que lá realizo, brotou em mim uma incomum inspiração e em local mais incomum ainda... Aproveitei-me e, tomando o teclado em minhas mãos, atei-me ao caminho das palavras uma vez mais...<br />
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DESERTÓRIO<br />
<br />
Preso na tela<br />
O sono protela<br />
Ileso esfarela<br />
Deserto em remela<br />
<br />
Ponteiros em sol<br />
Apertam um nó<br />
Retesa-me só<br />
Faz o livre em pó<br />
<br />
Assim, dez caminham<br />
Passos repassados num chão<br />
De poucas polegadas se vão<br />
Um, cem, dez caminhos<br />
Qual línqua pisoteada<br />
Diz muito sem falar nada<br />
<br />
Um nobre descoroado<br />
Em móvel trono jaz<br />
Sem súditos, sem paz<br />
Em távola aprisionado<br />
Onde corre fiel um rato<br />
Rato preto, não teme gato<br />
<br />
Sofrida travessia<br />
Ida sem noite ou dia<br />
Sol de calor que esfria<br />
Em solitária companhia<br />
<br />
Findam-se as areias<br />
Decerto, o oásis amado<br />
Ante lesadas veias<br />
Deserto teu grão suado<br />
<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-7Z7CTzXiuXw/T6uvxKAI2jI/AAAAAAAAAG0/X8ylnvJhwPg/s1600/Poema+-+Desert%C3%B3rio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237" src="http://3.bp.blogspot.com/-7Z7CTzXiuXw/T6uvxKAI2jI/AAAAAAAAAG0/X8ylnvJhwPg/s320/Poema+-+Desert%C3%B3rio.jpg" width="320" /></a></div>
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Sário FerreiraSario Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/17836645659386892431noreply@blogger.com1