terça-feira, 22 de junho de 2010

Férias & tempo livre & agora... E agora?

A quanto tempo não sentia o sabor desse tempero chamado tempo livre... Ainda não consigo crer que estou conseguindo:

*Ler alguns de meus tantos livros que tanto me esperavam
*Ouvir música
*Jogar um ou outro jogo no PC
*Ler os blogs dos meus companheiros e companheiras de guerra no curso de letras
*Tocar minha até então empoeirada guitarra/violão até meus calos dos dedos se reinstalarem em seus devidos lugares
*Ficar à toa (Somente após a labuta diária de dez horas, é claro)
*Dormir mais cedo
*Escrever isso...

Todas essas atividades não deixavam de ser sonhos distantes, há umas 2 semanas atrás... mas agora cá estou, de férias e as férias estão de mim. É claro que o trabalho ainda interfere no descanso que eu realmente julgo merecer (o que, se realizado, me deixaria em coma para o resto da vida), mas esse pouco tempo que tenho está mais do que rendável... em dezembro sim terei férias totais, mas nem arrisco em pensar nesse futuro com tanto afinco, pois quanto mais rápido o tempo passa, mais rápido a vida passa junto. E aí vai uma dúvida filosófica inspirada pelo meu amigão Herbert Spencer: por que estamos sempre possuídos por esta sangria de querer matar o tempo, sendo que quanto mais veloz seu pavio queimar, mais breve será a duração das chamas de nossas vidas? Mesmo consciente sobre o fato de que matar o tempo poder ser considerado um sinistro desejo suicida, não consigo desviar desta sina carregada pela humanidade... O bom é apreciar cada átomo do pavio queimar, é se deliciar com o agora. E ao menos agora, quero aproveitar o agora, postando uma poesia... mas pena que o agora já passou e quando você ler, vai pensar que está lendo agora... mas este agora maledicto já passaste... Agora inalcançável, a compreensão do usufruto do viver está em você, e você inexiste... tal como o ínicio de um círculo que gira ao mesmo tempo em sentido oposto a seu próprio sentido.

Ainda fico louco por tentar encontrar alguma lucidez na realidade.


2 comentários:

  1. Paulo: tempo bom é aquele que a gente dedica à gente mesmo, como o tempo que o namorado dedica à namorada - pôxa, como diria o Roger "Ultraje a Rigor": "Eu me amo, não posso mais viver sem mim". 'Tava pensando exatamente neste "tempo livre" quando deparei com este seu texto. Valeu, Sagrarius!

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  2. O paulo so falto colocar naquela lista um tempo para jogar RPG...rsrsrsrs

    saudades daquele tempo meu eterno amigo,

    quando a gente ainda tinha tempo para não preocupar com nada...

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